A importância do combate ao bullying e à violência nas escolas

No Brasil, aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying nas escolas.

As vítimas são adolescentes que sofrem agressões físicas ou psicológicas, que são alvo de piadas e boatos maldosos, excluídos propositalmente pelos colegas, que não são chamados para festas ou reuniões. A informação consta no terceiro volume do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, dedicado ao bem-estar dos estudantes.

Estes dados são importantes para a reflexão de pais, alunos, professores e gestores de escolas durante os debates em torno do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas escolas, instituído em 07 de abril, por meio da Lei nº 13.277, em memória das vítimas de massacre na escola municipal de Realengo, no Rio de Janeiro. Para os especialistas do Sistema de Ensino Poliedro, que possui mais de 300 unidades parceiras em todo o Brasil, o tema precisa ser tratado com o objetivo de conscientizar jovens e adultos sobre os perigos de discriminações e preconceitos trazidos em brincadeiras de mau gosto. Loise Rizzieri, consultora pedagógica do Poliedro, avalia que o suporte da escola na criação de rotinas de ações preventivas capazes de estimular o diálogo e as relações de respeito é o principal caminho para prevenir este tipo de comportamento.

“O primeiro passo da escola é estar atenta, ouvir os alunos sobre reclamações de ameaças, agressões sistemáticas e observar os sinais de comportamento de agressor e vítima. Saber reconhecer e compreender o cenário, assegurar medidas de diagnóstico, conscientização e prevenção podem ajudar as crianças no fortalecimento da autoestima”, explica.

Loise ressalta que “precisamos estar atentos também ao cyberbullying para combater a modalidade no meio virtual”. A especialista destaca que o bullying pressupõe uma situação de agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas com dificuldades em se defender. Os alvos costumam ser jovens e crianças inseguras, com baixa autoestima e retraídas tanto na escola quanto no lar.

Para ela, medo, baixa autoestima e violência são componentes essenciais do cenário de bullyng. “Essa situação pode ser fruto de relacionamentos familiares de pouco ou nenhum diálogo e violência. Esses geram o medo e a baixa autoestima. A frase violência gera violência é um fato. A violência familiar pode gerar agressividade na criança. O que torna o fato imperceptível para a família impedindo que o ciclo se rompa. Uma vítima de bullyng é um potencial agressor”.

“Não podemos generalizar e dizer que tudo é bullying. Situações como discussões ou brigas pontuais, conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor não são considerados bullying. O fenômeno acontece quando a agressão ocorre entre pares, colegas de classe ou de trabalho, por exemplo”, alerta.

Dados do Pisa

O relatório do Pisa é baseado na resposta de adolescentes de 15 anos que participaram da avaliação. No Brasil, 17,5% disseram sofrer alguma das formas de bullying “algumas vezes por mês”; 7,8% disseram ser excluídos pelos colegas; 9,3%, ser alvo de piadas; 4,1%, serem ameaçados; 3,2%, empurrados e agredidos fisicamente. Outros 5,3% disseram que os colegas frequentemente pegam e destroem as coisas deles e 7,9% são alvo de rumores maldosos. Com base nos relatos dos estudantes, 9% foram classificados no estudo como vítimas frequentes de bullying.

A avaliação foi aplicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Participaram dessa edição 540 mil estudantes de 15 anos que, por amostragem, representam 29 milhões de alunos de 72 países. São 35 países-membros da OCDE e 37 economias parceiras, entre elas o Brasil.

Em comparação com os demais países avaliados, o Brasil aparece com um dos menores “índices de exposição ao bullying”. Em um ranking de 53 países com os dados disponíveis, o Brasil está em 43º. Em média, nos países da OCDE, 18,7% dos estudantes relataram ser vítimas de algum tipo de bullying mais de uma vez por mês e 8,9% foram classificados como vítimas frequentes.

O levantamento mostra também que os estudantes brasileiros estão acima da média no quesito satisfação com a vida: 44,6% dizem que estão muito satisfeitos, enquanto a média dos países da OCDE é 34,1%. Na outra ponta, tanto no Brasil quanto na média dos países da OCDE, 11,8% dizem que não estão satisfeitos com a vida.

Sobre o Sistema de Ensino Poliedro

Desde 2001, o Sistema de Ensino Poliedro tem a meta de oferecer a melhor experiência educacional a escolas em todo o País. Originalmente adotado nos cursos Pré-vestibular do Poliedro, reconhecidos pelo alto índice de aprovações nas melhores universidades do País, o Sistema expandiu-se para os Ensinos Médio, Fundamental I e II e Educação Infantil, abrangendo toda a vida escolar do aluno. Atualmente, conta com mais de 300 unidades parceiras em 201 cidades e 25 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Mais informações em www.sistemapoliedro.com.br.

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