Entre os dias 21 a 27 de maio a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) promove a Semana Internacional da Tireoide. Importante glândula para o bom funcionamento de vários órgãos, a tireoide é a ‘comandante’ do metabolismo e desempenha um papel fundamental em nossa saúde e bem-estar.
De acordo com Camila Luhm, endocrinologista da Neoclinical e também membro da SBEM, o principal objetivo da campanha é alertar a população sobre possíveis problemas na tireoide e falar sobre a importância dessa glândula para o organismo.
“A campanha da SBEM visa promover uma série de ações pelo Brasil para marcar a data da conscientização – 25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide. Também queremos alertar a população de que o diagnóstico dos problemas da tireoide é feito primordialmente por exames de sangue/laboratório. Isso porque os sintomas das principais alterações da tireoide podem aparecer em muitas outras doenças”, lembra a endócrino.
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Campanha
A campanha deste ano, que tem como tema “Mitos e Verdades sobre a Glândula Tireoide“, revela uma preocupação com o aumento no diagnóstico dos casos de câncer na tireoide. Por isso, a SBEM fará, no dia 26/05 (sábado), distribuição de folders com orientação à população na Boca Maldita, das 8h às 17h.
O principal exame para rastreamento de disfunção tireoidiana é o TSH (sigla em inglês de Thyroid Stimulating Hormone). Nos casos em que se há suspeita de aumento de volume da tireoide (nódulo ou bócio), o exame indicado é a ultrassonografia.
(Clique aqui e baixe o material da campanha 2018).
Importância da tireoide
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada no pescoço, em frente à traqueia. Ela produz, armazena e libera os hormônios tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4).
Camila explicou que esses hormônios são essenciais para o funcionamento adequado de todos os órgãos do corpo, sendo muito importantes em todas as fases da vida, desde a formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), o crescimento, o desenvolvimento, a fertilidade e a reprodução até a velhice.
“Eles permitem que nosso corpo use eficientemente suas reservas de energia, controlando assim a temperatura e permitindo que nossos músculos funcionem adequadamente. Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atuação nos batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória e funcionamento intestinal”, resumiu a especialista.
Hipotireoidismo x Hipertireoidismo
Se a tireoide estiver menos ativa, produzindo pouco hormônio tireoidiano, resulta numa condição chamada hipotireoidismo. Pessoas com hipotireoidismo ficam com o metabolismo mais lento. Por outro lado, se a tireoide hiperativa, a glândula libera excesso de hormônio tireoidiano na corrente sanguínea. Isso causa uma disfunção chamada hipertireoidismo, que acelera o metabolismo.
Será que tenho problemas na tireoide?
A disfunção da tireoide de cada paciente é única, e nem todas as pessoas sofrem todos os sintomas produzidos pela doença. Mas é possível ficar atento a alguns sintomas. A doutora Camila listou 5 sinais:
1 – Aumento de volume na região do pescoço: as duas disfunções tireoidianas (hipotireoidismo e hipertireoidismo) são muito diferentes entre si mas, nos dois casos, a glândula tireoide pode se tornar maior do que o normal, podendo até ser visível ou percebida na parte inferior da garganta. Bócio é o nome médico da glândula tireoide de volume aumentado.
2 – Alteração de peso: se houver perda ou aumento de peso, sem mudança na alimentação ou grau de atividade física, é indicado investigar disfunção hormonal tireoidiana. Lembrando que a obesidade não pode ser causada pelo hipotireoidismo. Esta disfunção hormonal não tratada se associa apenas a um ganho leve de peso (2 a 4 kg), em geral por retenção de líquidos.
3 – Cansaço excessivo: a tireoide é um importante regulador do nosso metabolismo, assim sendo, se ela fica ‘preguiçosa’ e passa a produzir menos hormônios tireoidianos (hipotireoidismo), o metabolismo do corpo fica lento também e causar sintomas como sonolência excessiva, cansaço e falta de disposição, lentidão e dificuldade para exercer as tarefas e funções habituais.
4 – Alteração do humor: sintomas como agitação, ansiedade, irritabilidade e insônia podem ocorrer no hipertireoidismo, assim como depressão e falta de memória podem ocorrer no hipotireoidismo.
5 – Alteração do hábito intestinal: pacientes com hipotireoidismo podem apresentar constipação, e pacientes com hipertireoidismo podem apresentar diarreia.
“Tenho tireoide”
Certamente você já ouviu essa frase, mas saiba que ela está errada. A doutora Camila explicou: “Tireoide é um órgão (como são os rins, o pâncreas, o coração) e não uma doença. Então, quando alguém diz que ‘tem tireoide’, talvez ela esteja querendo dizer que tem problemas na tireoide (hipotireoidismo, nódulos, etc.).”
Sobre Camila Luhm
Camila Luhm é graduada em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR), com residência em Clínica Médica pelo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná (UFPR) e residência em Endocrinologia pelo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e possui título de especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Também é membro da Sociedade Latino-Americana de Tireoide (LATS).
Serviço:
Dra. Camila Luhm – Neoclinical
Endereço: Rua Carneiro Lobo, nº 468, 12º andar / Centro Empresarial Champs Elysees
Bairro: Batel / Curitiba – PR
Telefone: (41) 3077-5060
Site: http://camilaluhm.com.br/
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Assessoria de imprensa: Geziane Diosti