Grupo de 40 estudantes da FAG desenvolve oito modelos de negócios inovadores
Alunos dos cursos de graduação do Centro Universitário FAG passaram por uma avaliação diferente das convencionais bancas de trabalhos universitários na última sexta-feira (22). Os 40 alunos, previamente selecionados dentro do projeto Startup Garage, apresentaram ideias de negócios – desenvolvidas no modelo de startup – a especialistas em empresas, startups e educação. O objetivo, nesta etapa, era avaliação com dicas e propostas de melhorias dos projetos.
De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Nara Regiane Reinheimer Pick, o Startup Garage é um programa-piloto de pré-aceleração, fruto de um trabalho integrado entre as linhas de Educação Empreendedora e Startup, do Sebrae/PR. “A integração foi possível, também, por conta da estratégia da FAG, que é preparar profissionais para atuar no mercado de trabalho de maneira diferenciada”, explica.
A professora do Centro FAG, Luciana Ferraz, coordena o Startup Garage na instituição e lembra que o projeto começou no ano passado. “Apresentamos a proposta aos alunos no final de agosto. De lá pra cá, eles passaram pela seleção individual, por capacitações em grupo, montagem dos times e, mais recentemente, pela estruturação dos modelos de negócios, que culminou na apresentação à banca, que avaliou e sugeriu melhorias”, acrescenta Luciana.
A banca foi composta pelo consultor do Sebrae/PR e gestor do Startup PR na região, Osvaldo César Brotto; Marcos Frazão, empresário e ex-presidente da Associação Comercial e Empresaria de Palotina (Acipa); Leandro Lorenzetti, empresário da Brascloud e investidor de Cascavel; Jadson Siqueira, do grupo Alfacon e Iguassu Valley; e Sérgio de Angelis, pró-reitor da FAG.
“Nessa fase, a banca foi de orientação para que, no próximo semestre, os projetos sejam novamente avaliados, mas com finalidade de seleção dos quatro melhores, que seguem a fase semifinal do projeto”, observa a professora do Centro FAG
Diversidade
Osvaldo César Brotto, do Sebrae/PR, acredita que o diferencial dos projetos apresentados convergem com os conteúdos dos cursos. “Os acadêmicos aproveitaram suas expertises em temas que conheceram em sala de aula, conteúdos aplicados nos seus cursos. Assim, estavam focados com problemas bem definidos a serem ‘resolvidos’ pelos modelos de negócios. O desafio, agora, é testar o projeto no mercado”, aponta.
A equipe de Karla Poliana Ramalho, acadêmica de Nutrição, por exemplo, aproveitou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – obrigatório para a graduação – e o adaptou para a formação do modelo de negócios. “Já tínhamos todo o conhecimento de pesquisas sobre a aplicação da jaca na produção de produtos a base de farinha como bolacha, bolo, sorvete e nuggets. Adaptamos o estudo para o Startup Garage, criando um emulsificante à base da fruta”, diz.
O que não tinham, enfatiza Poliana, era o conhecimento para transformar a teoria em modelo de negócio que pode ser rentável. “Para isso, contamos com o auxílio das consultorias e oficinas do Startup Garage, além da ajuda sempre presente da nossa orientadora de TCC, a professora Daniela Bernardi Miotto, que nos incentivou a ‘tirar a ideia do papel’. Nunca imaginei que poderia sair da faculdade com uma ideia que pode ser meu negócio no futuro”, alega Karla Poliana Ramalho.
As ideias de negócios apresentadas versaram sobre os temas: materiais pedagógicos portáteis, locação de outdoors, orientação profissional e vocacional, auxílio no ingresso de acadêmicos ao mercado de trabalho, serviços de beleza para mulheres, emulsificante à base de jaca, importação de painéis decorativos e assessoria de comunicação para empresas.
Expectativas
Para Luciana Ferraz, esse tem sido o momento de maior engajamento dos estudantes. “Ir a campo, efetivamente, gera um interesse maior entre os participantes. Os resultados até aqui já superaram nossas expectativas. O apoio que, tanto a direção da FAG quanto as coordenações dos cursos e Sebrae/PR tem oferecido ao projeto também faz toda a diferença. Os alunos podem se dedicar efetivamente às suas startups”, assinala.
Na avaliação do futuro engenheiro civil, Igor Dezan, que cursa o 7º período da graduação, o nervosismo antes da apresentação à banca foi superado na medida em que os convidados avaliadores faziam as observações. “Foi uma experiência muito boa, conseguimos feedbacks positivos e algumas dicas e sugestões de melhoria, como a busca pela criatividade na criação do protótipo sem esquecer do custo e o público-alvo do nosso projeto que, em princípio, serão escolas particulares”, declara.
O momento, daqui para frente, para o time de Igor, é de desenvolver protótipos pedagógicos portáteis para serem usados como parte prática nas aulas de física do Ensino Médio. “Com o direcionamento que tivemos, estamos em busca da prototipagem em 3D. Para não ficar nada de fora, ainda gravamos o pitch (apresentação da ideia de negócio) para a banca. Assim, na próxima, já estaremos melhores até na apresentação”, prevê.
Os próximos desafios dos oito times serão retomar oficinas no próximo semestre, participar de mais bancas, cuja a primeira, prevista para agosto, selecionará os quatro melhores projetos que passarão para a fase final. Nesta, será escolhida a melhor ideia de negócios no modelo de startup até novembro.
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