O Brasil precisa se estruturar para o envelhecimento da população, defende o presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cardiologia

“Se não houver planejamento e prevenção cardiovascular, não haverá sistema público, nem privado que suportará a demanda de atendimento”, afirma Marcelo Queiroga

            O presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, Marcelo Queiroga, participará de importante fórum na próxima sexta, 03 de maio, que irá debater as políticas públicas para a saúde da pessoa idosa. O evento será no auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa do Maranhão, em São Luiz/MA.

“Os governos precisam pensar hoje em políticas públicas que atendam, de forma adequada e eficaz, a população com 60 anos ou mais”. Atualmente, o Brasil tem mais de 30 milhões e as projeções mundiais são de que, em 2030, o país terá a quinta maior população de idosos no mundo. “Se não houver planejamento e prevenção cardiovascular, não haverá sistema público, nem privado que suportará a demanda de atendimento”, alerta o presidente eleito da SBC.

           Marcelo Queiroga defenderá, no fórum de debate, em São Luiz, a avaliação de novas tecnologias e análises econômicas para incorporação no Sistema Único de Saúde – SUS no Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. “Precisamos ter de forma muito clara quais são as tecnologias, em saúde, aplicáveis no Brasil, considerando as evidências científicas e custo-efetividade compatíveis com a capacidade orçamentária”, lembra o presidente eleito da SBC.

            Ele cita, como exemplo, uma luta histórica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, de outras sociedades de especialidade e de entidades de defesa do idoso para incorporar o acesso ao TAVI, implante de válvula artificial por técnicas de cateterismo, para idosos. A estenose aórtica grave se tomou um sério problema de saúde pública e acomete de 3% a 5%dos idosos com idade superior a 75 anos, sendo que 30% destes pacientes apresentam doenças associadas que impedem a cirurgia cardíaca convencional para substituição da válvula aórtica por uma prótese valvar. “O recomendado é o implante por cateter de bioprótese valvar aórtica, popularmente conhecida pela sigla TAVI”, destaca Queiroga.

           O projeto de lei 5.460/2016, sobre a cobertura pelo SUS do implante por cateter de bioprótese valvar aórtica, está em tramitação no Congresso e ainda aguarda designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. No sistema de saúde privado, o TAVI não está incorporado ao Rol de Procedimentos da ANS, apesar de decisões judiciais para inclusão já terem sido determinadas.

Os debates sobre as políticas públicas para a saúde da terceira idade contarão com as presenças da presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Maria Lucia Secoti Filisola, da coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, irmã Terezinha Tortelli, da deputada estadual do Solidariedade, Helena Duailibe, além do presidente eleito da SBC.

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