Incentivo na área de esportes eletrônicos pode evitar “apagão técnico” dos profissionais de tecnologia
Os esportes eletrônicos, chamados de eSports, são modalidades de torneios e competições profissionais com jogos online e videogames que têm se popularizado no Brasil nos últimos anos. De acordo com dados divulgados pelo canal SporTV, o país está na terceira colocação entre os que tiveram maior crescimento desta modalidade.
E, assim como os esportes tradicionais, estes jogos online também podem ser ferramentas para a transformação social de jovens. É essa a proposta de uma iniciativa que será colocada em prática no mês de março em Curitiba pelo Instituto de Futebol de Rua, em parceria com a Assespro-PR, com aulas de eSports. A ideia da parceria é engajar o jovem desde a prática dos jogos até a programação deles.
De acordo com o fundador e diretor-executivo do Instituto Futebol de Rua, Alceu de Campos Natal Neto, este projeto tem os mesmos princípios seguidos pelo Instituto: colaborar para a socialização e inserção do jovem no mercado de trabalho. “Todo o conhecimento que estes alunos tinham até então era restrito a nossa sala de informática, mas eram apenas conceitos básicos destas tecnologias. Com este projeto, eles terão contato com uma área muito mais ampla voltada para o mercado de trabalho”, comenta.
Iniciativas assim buscam trazer mais jovens para um mercado que é bastante carente de profissionais capacitados. Em uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o mercado de TI pode apresentar um déficit de 290 mil profissionais em 2024. De acordo com a própria Assespro-PR, só em Curitiba existem 6 mil vagas de emprego em aberto. E o que falta para essas vagas serem preenchidas é capacitação. Para garantir que não aconteça esse “apagão técnico”, o incentivo à qualificação dos estudantes para esta área é fundamental.
Sobre o Instituto Futebol de Rua
Criado em 2006, o Instituto Futebol de Rua é uma organização sem fins lucrativos que utiliza o esporte e a cultura como ferramentas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Presente em 12 estados, 22 cidades e com mais de dois mil beneficiários, o Instituto conta com metodologia exclusiva que alia aulas de formação humana ao futebol.
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