Em processo de expansão, Audiba inaugura unidade em fevereiro

Em processo de expansão, Audiba inaugura unidade em fevereiro
Marcia Bonetti, fonoaudióloga e responsável técnica da Audiba. Foto: Marcelo Elias.

Expectativa é abrir dez novas lojas nos próximos dois anos. Novas unidades vão contar também com tratamento para apneia do sono via CPAP, já ofertado pela rede em duas lojas

A Audiba, empresa paranaense de aparelhos auditivos, inaugura no dia 1º de fevereiro uma nova unidade em Araucária. O movimento parte do processo de expansão da companhia, que planeja abrir dez novas unidades nos próximos dois anos no Paraná. Com a inauguração, serão sete lojas, sendo três nos últimos seis meses.

A nova unidade passará a oferecer também tratamento para apneia do sono com o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure, ou Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas, em português), um gerador de fluxo de ar utilizado para pacientes com diagnóstico de apneia obstrutiva do sono. Associada ao ronco forte, a apneia contribui para o desenvolvimento de doenças graves, como arritmia cardíaca, diabetes e até acidente vascular cerebral (AVC). Cerca de 30% da população adulta mundial é portadora da doença. Atualmente, as unidades do Portão e de Campo Largo já oferecem o tratamento.

“Queremos que o nosso paciente não precise sair da Audiba, que conosco ele tenha tanto a reabilitação auditiva quanto o tratamento do sono”, explica Marcia Bonetti, fonoaudióloga e responsável técnica da empresa. Com o resultado da polissonografia realizada a pedido do médico, a Audiba faz a adaptação do CPAP para o paciente. E monitora o sono remotamente, podendo realizar ajustes no equipamento a distância.

O vereador de Araucária Ben Hur e sua comitiva foram à inauguração da nova unidade. Foto: Marcelo Elias.

Tecnologia e atendimento em casa            

O tratamento da apneia via CPAP se soma ao cardápio de serviços da Audiba para o atendimento a portadores de deficiência auditiva. A rede trabalha com soluções em tecnologia e aparelhos auditivos em todos os níveis, desde perda de audição leve a mais profunda. A demanda pelos atendimentos em domicílio, uma tradição da Audiba, cresceu a partir de março do ano passado, sobretudo entre a terceira idade, devido à pandemia do novo coronavírus.

Os aparelhos, de fabricação internacional, são indicados após o resultado dos exames, a partir do nível de perda auditiva detectado. O aparelho é ajustado e adaptado no próprio paciente segundo sua necessidade. A cada 15 dias, a Audiba envia informações aos pacientes por WhatsApp.

O trabalho de reabilitação auditiva, por meio da adaptação com aparelhos auditivos, significa devolver qualidade de vida ao paciente. Por isso, o conceito do atendimento da Audiba é o de tornar viável o acesso às tecnologias disponíveis para todas as classes sociais. ”Quando  trabalhamos com saúde, jamais podemos fazer distinção de quem pode ou não voltar a ouvir”, resume Marcia. “O atendimento é igual para todos os pacientes, e o pós-venda é presente, a partir do trabalho de uma equipe treinada para esse tipo de serviço. O paciente que recebe um salário-mínimo, por exemplo, tem condições de comprar aparelho conosco, o que muitas vezes não acontece no mercado”, aponta.

Mercado

O Brasil tem hoje 10,7 milhões de deficientes auditivos, aponta pesquisa do Instituto Locomotiva de 2019. Deste total, 2,3 milhões têm deficiência severa.  No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 466 milhões de portadores de algum tipo de deficiência auditiva.

Em 2020, a perspectiva de crescimento do mercado de aparelhos auditivos nos Estados Unidos, maior mercado consumidor do mundo, era de 5%. Reportagem da Bloomberg de 2018 revelou que a crescente demanda por aparelhos auditivos em todo o planeta tornou bilionários alguns presidentes de fabricantes de aparelhos auditivos, de empresas como Amplifon, Starkey Hearing Technologies e Sonova Holding.

Hoje, o segmento conta com tecnologias que envolvem inteligência artificial, ajustes de aparelhos a distância e via smartphones, e até sensores de queda. Já existem modelos quase imperceptíveis, que podem ser adaptados de acordo com o nível de perda auditiva do paciente. Alguns aparelhos usam baterias de íons de lítio, semelhante às utilizadas em aparelho celulares. Inovação está no DNA deste mercado.

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