As contas externas fecharam o mês de abril com superávit recorde de US$ 5,663 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (26). No mesmo mês do ano passado, o superávit havia sido de R$ 199 milhões.
O resultado foi puxado sobretudo pelo desempenho recorde da balança comercial, que em abril teve superávit de US$ 9,145 bilhões, resultado impulsionado pela alta recente nos preços de commodities (bens primários com cotação internacional), entre elas minério de ferro e alimentos.
Houve também aumento no ingresso de investimentos diretos do exterior no país, de US$ 3,544 bilhões em abril, ante US$ 1,632 bilhão em igual mês de 2020.
O resultado positivo das contas externas em abril também foi favorecido por uma redução do déficit na conta de renda primária (entrada e saída de lucros e dividendos). Em abril deste ano, o saldo negativo ficou US$ 2,37 bilhões, recuo de 37,7% em relação a abril de 2020.
Resultado acumulado
No acumulado dos 12 meses encerrados em abril, as contas externas registram déficit de US$ 12,4 bilhões, equivalente 0,84% do Produto Interno Bruto (PIB), taxa menor que os 1,23% do PIB registrados em março, quando o acumulado em 12 meses estava negativo em US$ 17,9 bilhões.
Em março de 2021, as contas externas haviam registrado déficit de US$ 3,97 bilhões. Na soma dos quatro primeiros meses do ano, o déficit é de US$ 9,717 bilhões, contra um superávit de US$ 199 milhões em igual mês de 2020.
Viagens internacionais
Segundo o Banco Central, as contas externas registraram, em abril, uma alta no déficit da conta de serviços trocados com o exterior, com saldo negativo de US$ 1,313 bilhão, número 19% maior que os US$ 1,104 bilhão registrados em abril do ano passado.