Adriana Vieira reúne influências tropicalistas e da MPB setentista em disco de estreia, “Nada Só”

Adriana Vieira se redescobre enquanto artista, criadora, cantora, compositora. No álbum “Nada Só”, ela convida o ouvinte a acompanhá-la nesse renascimento, construindo uma ponte entre suas origens e a vivência atual no Rio de Janeiro, sua experiência como professora universitária e seu assumir musical. Como o título indica, o trabalho foi construído a partir de encontros e parcerias com alguns dos principais nomes da cena carioca, sob produção da própria artista ao lado de Marcelo Callado. O disco está disponível para streaming, juntamente do clipe para a faixa “Deviam Vender”.

Assista ao clipe “Deviam Vender”: https://youtu.be/a0R8EKIlrPQ 

Ouça “Nada Só”: https://onerpm.link/NadaSo 

Professora de Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF) após passagens que a levaram da Paraíba à Inglaterra e à Itália, Adriana Vieira transforma uma vida dedicada à paixão pela música em uma impactante declaração de chegada como compositora.

“O disco é puro sonho. Daquelas coisas que a gente sonha e acha que nunca vai fazer. E uma hora a gente sente forte que precisa fazer. Estou juntando fios de um tecido muito grosso, ou peças de um quebra-cabeça grande demais. Pontas difíceis de unir, peças difíceis de encaixar”, resume Adriana.

O projeto do disco é antigo, como sonho. Como realidade, começa na pandemia, em gravações caseiras, com Marcos Campello gravando e tocando guitarra em algumas canções que a artista já tinha. O álbum toma corpo com a entrada de Marcelo Callado para assumir com Adriana a produção musical. 

“Marcelo imprimiu uma seriedade difícil de definir e de alcançar: suave o suficiente para me deixar confortável diante de todas as novidades que se abriam no processo de gravação, e precisa o suficiente para segurar minha mão. O disco é em grande parte resultado do trabalho e da generosidade deste gigante com quem pude compartilhar ideias e dar todos os pitacos nas gravações dos instrumentos e mixagem e masterização. Com ele, terminamos fechando duas parcerias de canções que eu trouxe já com letra e melodia praticamente prontas e juntos, no estúdio, fechamos as canções ‘Deviam Vender’ e ‘Cordão Umbilical’”, relembra Adriana.

Como parte das atividades na universidade, ela desenvolveu uma disciplina na UFF – Direito e Antropofagia – onde explora as lições que o Direito tem a aprender com a música popular feita no Brasil. Não por acaso, Adriana usa essa grande bagagem cultural para informar suas influências em “Nada Só”, fazendo um passeio pela Tropicália, pela psicodelia e pela música regional nordestina. Setentista, porém moderno; saudosista, porém conectado com os tempos atuais, o álbum mescla o frescor de quem acaba de chegar, mas que já sabe há muito tempo o que quer dizer. Curiosamente, a última canção de “Nada Só”, “Meu Araçá Azul”, foi a primeira composição de Adriana e a que serviu de impulso para as demais.

“É meu primeiro trabalho, primeiras canções que enfim consigo jogar no mundo. Sou eu e minhas canções que prefiro que sejam ‘inéditas’ a entrar na prateleira estranha do autoral. Tudo é autoral, tudo somos nós, nossas versões de clássicos são autorais”, finaliza.

Como canta na quarta faixa, “Pra chegar, é preciso ir”. E Adriana Vieira faz de “Nada Só” um convite para o encontro consigo mesma e com o outro, uma viagem sonora, sensorial e poética. O álbum está disponível nas principais plataformas de música através do conceituado selo paulistano yb music.

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