Diretora médica do Frischmann Ainsengart apresenta os principais exames de avaliação da imunidade.
Quando falamos de cuidados com a saúde, o fortalecimento do sistema imunológico sempre vem à mente, principalmente depois do início da pandemia do coronavírus, quando a população passou a se preocupar ainda mais em proteger o organismo de invasores. Dietas balanceadas, suplementos vitamínicos e mudanças de hábito são algumas das maneiras que a população encontra para fortalecer a imunidade. Mas você sabe realmente como ela está?
O sistema imunológico é formado por órgãos e células que trabalham para proteger o organismo contra infecções por micro-organismos, como vírus e bactérias. Pessoas que apresentam quadros de infecções de repetição podem estar com a imunidade comprometida e existem alguns exames de sangue que podem mostrar qual é o problema. O Frischmann Ainsengart, unidade de medicina diagnóstica da Dasa em Curitiba, conta com esses exames no portfólio e a diretora médica do laboratório, Myrna Campagnoli, esclarece como os principais funcionam:
Hemograma
O hemograma é um dos principais exames de sangue e tem como objetivo avaliar as células que fazem parte do sistema sanguíneo do paciente. Ele analisa informações específicas dos glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas (coagulação).
Entre as doenças que um hemograma completo pode auxiliar no diagnostico estão: anemia, leucemia, infecções virais e bacterianas e alergias.
Na avaliação da imunidade, é preciso prestar atenção nos leucócitos, onde estão os linfócitos e neutrófilos, células importantes para de sistema imunológico. Se elas estiverem presentes em baixa quantidade no sangue, pode ser sinal de que o organismo está mais suscetível a infecções.
Imunoglobulinas
Outro exame que pode ajudar no diagnosticar e controle de tratamento de pessoas com alergias crônicas e quadros frequentes de infecções é o exame de imununoglobulina. Com uma amostra de sangue, é possível analisar a presença de anticorpos produzidos pelo sistema imunológico do paciente e em qual quantidade. Desta forma, com os resultados da análise do exame, é possível identificar doenças relacionadas à baixa imunidade. Alergias, hepatites e infecções virais, bacterianas e parasitárias são alguns exemplos.
São cinco os tipos de imunoglobulina analisados no exame:
- Imunoglobulina A: anticorpos presentes nas secreções genitais, urinárias, intestinais e do sistema respiratório.
- Imunoglobulina D: resultados alterados de Imunoglobulina D podem estar relacionados a presença de doenças autoimunes. Refere-se aos anticorpos presentes nas células de defesa do organismo que atuam na vigilância imunológica.
- Imunoglobulina E: resultados alterados podem indicar reações alérgicas a elementos específicos.
- Imunoglobulina G: é o principal tipo de anticorpo do organismo por constituir a memória imunológica do organismo. Está presente após a cura de doenças infecciosas e após a vacinação. Também auxilia no diagnóstico de infecções no tecido nervoso e esclerose múltipla.
- Imunoglobulina M: é o anticorpo presente no estágio agudo de doenças infecciosas. Auxilia no diagnostico durante a doença, mas desaparece rapidamente da corrente sanguínea após a cura.
Linfócitos T e B
Também realizado por amostra de sangue, o exame de Linfócitos T e B tem como objetivo identificar e avaliar deficiências imunológicas congênitas de linfócitos B, deficiências combinadas de imunidade humoral e celular e deficiências celulares do timo, órgão que produz um hormônio que faz com que os linfócitos trabalhem para proteger o organismo contra invasores. Os linfócitos são as células que produzem anticorpos. Alterações nos resultados significam alterações no sistema imunológico e devem ser investigadas por um médico.
Complemento total
O exame de Complemento total é utilizado para diagnosticar doenças autoimunes agudas ou crônicas, como o lúpus, e para identificar a causa de infecções de repetição. Por meio de uma amostra de sangue, o teste identifica os níveis do sistema complemento, que consiste em substâncias que agem como defesa contra infecções.
“Se um médico desconfia de deficiência imunológica, esses exames podem mostrar qual é o problema e qual é o tratamento mais assertivo para fortalecer o organismo e por isso tão importantes na rotina de cuidados com a saúde”, finaliza a doutora.