Uma grande preocupação dos pacientes que se submetem a uma cirurgia plástica é a cicatriz. O processo de cicatrização é bem complexo e envolve algumas etapas como a fase inflamatória, que dura cerca de três dias; fase proliferativa, em média três semanas; e fase de maturação, que termina após um ano da lesão.
Segundo o médico cirurgião plástico Bruno Legnani, alguns fatores podem atrapalhar ou ajudar esse processo, porém cada corpo também apresenta sua resposta particular para a cicatrização. “Toda a intervenção cirúrgica resultará em uma cicatriz. É importante seguir à risca as orientações passadas pelo médico, para evitar o surgimento de cicatrizes alargadas, pigmentadas e disformes, porém cada corpo possui uma maneira única e particular de lidar com esse processo”, lembra Legnani.
O médico pontua que é importante manter a cicatriz sempre limpa e seca: é indicado, inclusive, terminar o processo com um secador de cabelo, para não correr o risco de deixar a área úmida, o que favorece a formação de microrganismos e bactérias.
Legnani lembra também que a alimentação tem papel fundamental nesse processo. “Alimentos com alto teor de carboidratos, sódio, açúcares e gordura dificultam o processo e deixam o corpo mais suscetível a infecções.” O período de repouso também deve ser respeitado. “Cada cirurgia necessita de um tempo de recuperação. A movimentação excessiva pode aumentar o risco de abertura de pontos ou atrito no local, prejudicando o processo de cicatrização”, alerta.
Hoje, alguns medicamentos são aliados para acelerar o processo, ajudando as células da pele nessa recuperação. “As pomadas cicatrizantes possuem substâncias anti-inflamatórias e antimicrobiana, que combatem possíveis infecções e afastam a proliferação de bactérias na região”, indica.
O médico lembra ainda que a exposição ao sol e ao tabaco também são prejudiciais no período da cicatrização. “É um processo lento, de pelo menos um ano, e todos os cuidados são fundamentais para o resultado final da cicatrização. Escolha sempre um médico cirurgião plástico credenciado a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e siga à risca todas as orientações.”
Legnani lembra também que após um ano, se o resultado da cicatriz não for satisfatório para o paciente, é possível fazer uma correção, com procedimentos minimamente invasivos, uso de medicamentos tópicos ou uma nova cirurgia.