Com o passar dos anos, a medicina e a ciência evoluíram a passos largos, o que possibilitou cada vez mais o acesso dos pacientes oncológicos a novos tratamentos. No entanto, muitas pessoas quando iniciam os tratamentos para o câncer, ainda possuem dúvidas sobre quais as diferenças entre esses tratamentos farmacológicos. Para sanar as dúvidas, a farmacêutica Crislayne Bontorin, do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, fala sobre o assunto que é comum na rotina dos pacientes oncológicos.
Quimioterapia convencional
Provavelmente seja um dos tratamentos mais conhecidos da população e mais antigo. A quimioterapia é um tratamento sistêmico, ou seja, age no corpo todo atuando tanto em células saudáveis como em células neoplásicas.
Os medicamentos são administrados em intervalos regulares, que variam de acordo com os protocolos terapêuticos e têm como principal objetivo bloquear a proliferação e crescimento celular, reduzindo o número de células neoplásicas e tamanho. Podem ser utilizados isolados (somente um medicamento) ou em combinação, e possuem maiores efeitos adversos, por não atingirem apenas as células doentes.
Hormonioterapia
Alguns tipos de tumores são dependentes de hormônios para se desenvolverem, e, no caso da hormonioterapia, o principal objetivo é impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem, portanto, esse tipo de tratamento poderá ser utilizado somente em pacientes que apresentam pelo menos um receptor hormonal positivo para o câncer. Esses medicamentos agem bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão afetado.
Imunoterapia
A imunoterapia tornou-se uma parte importante nos tratamentos de alguns tipos de câncer. Essa classe de tratamento farmacológico é o principal avanço nos últimos anos. A imunoterapia atua sobre o sistema imune, modificando e/ou estimulando a resposta imunológica para o combate do crescimento e proliferação das células neoplásicas.
Terapia-alvo
Muitos consideram que a terapia-alvo chegou para revolucionar os tratamentos do câncer. Esses medicamentos são assim chamados por atuarem em um alvo específico da célula da doença. “Os alvos podem ser expressos nas células em grande quantidade ou apresentarem alguma modificação que irão dar origem a células alteradas. Os efeitos adversos dessa classe de medicamentos são menores devido ao fato da ação dela ser específica e não sistêmica, ou seja, pelo corpo todo”, destaca a farmacêutica.