Black Friday: como se preparar para vender mais e comprar melhor

Especialista dá dicas para que os estabelecimentos vendam mais e para que clientes não caiam em golpes

Especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui

Estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta que a Black Friday deve movimentar R$6,05 bilhões no comércio eletrônico, número que representa um crescimento de apenas 3,5% com relação a 2021. O crescimento, apesar de tímido, segue a tendência das datas especiais deste ano, sendo que, segundo a pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Google Brasil, os brasileiros estão preparados para gastar, já que 71% dos entrevistados afirmaram que pretendem fazer compras na data, que esse ano cai no dia 25 de novembro.

Para o especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui, é fundamental que as lojas estejam preparadas para atrair e receber os clientes, uma vez que a data impulsiona uma competitividade maior. “Sair na frente é o que todos querem, porém o mais importante é ser desejável frente aos compradores. Para isso os varejistas devem estar atentos à organização interna, ao estoque, à preparação das equipes e as ofertas, que devem ser atraentes”, conta.

Frederico conta que a data já ficou conhecida como um momento de comprar produtos mais caros, como eletrônicos, celulares e eletrodomésticos, por um preço mais atrativo, mas que é importante os varejistas não tentarem enganar os clientes, já que a maioria está pesquisando pelo produto a muito tempo. “A estratégia de aumentar o preço para depois diminuir já é conhecida da população, que também já está familiarizada com a data. Portanto esse é um risco que não vale a pena correr, já que pode prejudicar a imagem do estabelecimento e ter o efeito contrário”, explica.

Para fazer promoções e aproveitar a data em sua totalidade, os vendedores devem fazer um estudo sobre os produtos que estão no seu estoque, pensando naqueles que têm pouca saída e que podem ser beneficiados com descontos maiores. Além disso, a data é muito boa para atrair novos clientes e pensar em fazer um cross-selling, oferecendo a venda de produtos complementares para aumentar o ticket médio – que esse ano deve crescer de R$217,00 para R$246,00, segundo pesquisa da NuvemShop. “Muitos clientes acabam levando outros produtos para aproveitar a ida a loja ou o frete, portanto vale a pena investir em ofertas menores. Outro ponto é focar nos novos clientes, e para isso os varejistas não devem medir esforços em implementar sistemas de controle de pós-venda e de cadastro “, afirma o especialista.

Outro ponto importante é antecipar a comunicação da Black Friday algumas semanas antes da data, pois dessa forma o público já pode se preparar e avaliar com calma o que será comprado. “O ideal é começar a divulgar as promoções com pelo menos três semanas de antecedência, focando nas preferências dos consumidores e em garantir uma jornada de compra inesquecível. Dessa forma, o lojista poderá contar com uma maior fidelização e efetivação das compras”, conta Frederico.

Cuidado com golpes

Com relação aos compradores, Frederico alerta que para conseguir os melhores preços é preciso ter segurança na hora da compra, optando sempre por lojas que são da sua confiança. “Busque saber se a empresa tem credibilidade e boa reputação. Olhe a pontuação e a opinião de outros compradores, e desconfie de produtos muito baratos. Se ainda tiver dúvidas, faça uma busca em plataformas como Reclame Aqui ou Procon da sua cidade. Para lojas menores, verifique os comentários nas redes sociais e evite clicar em promoções recebidas via Whatsapp, SMS, ou até publicidades nas redes sociais, pois essa é uma das táticas usadas por golpistas”, finaliza o especialista.

Dicas para não cair em golpes da Black Friday:

  • Vejase o site tem credibilidade e boa reputação
  • Leia a opinião de outros compradores
  • Interaja com a loja, fazendo perguntas sobre o produtoe a entrega
  • Desconfie de produtos muitomais baratos do que o valor médio de mercado
  • Faça busca em plataformascomo Reclame Aqui e Procon
  • Confira as redes sociais de lojas menores
  • Não clique em promoções recebidas via Whatsappe SMS
  • Evitem clicar em banners promocionais
  • Evite pagar no PIX, preferindo cartão de crédito nas versões virtuais, pois émais fácil contestar
  • Faça operações em uma conexão segura de Wi-fi, evitando usar uma rede pública, onde seus dados podem ser violados.

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