Volta às aulas aumenta risco de infecções respiratórias; saiba como se prevenir

As crianças são as principais acometidas pelas doenças; os sintomas comuns vão de tosse à febre, em casos mais graves

O início do ano marca, para as crianças e adolescentes, a volta à escola e, consequentemente, ao convívio social. No Brasil, mais de 35 milhões de estudantes do ensino básico, das creches ao Ensino Médio, devem retornar às atividades em fevereiro, segundo a última edição do Censo Escolar.

Esse momento é extremamente importante para o desenvolvimento de habilidades sociais e educativas, mas também pode significar maior risco de transmissão de doenças infectocontagiosas. Os sintomas mais comuns em casos de enfermidades respiratórias são obstrução nasal, coriza, tosse e febre, em alguns quadros.

“As crianças mais novas são as mais afetadas porque têm o sistema imunológico mais imaturo, além de terem menos entendimento dos cuidados de prevenção”, comenta o otorrinolaringologista Fabiano de Trotta, que atua no Hospital IPO.

Segundo o especialista, o risco do contágio por vírus e bactérias aumenta quando as crianças passam muito tempo juntas em locais fechados. Os cuidados, explica Trotta, são os mesmos para todas as faixas etárias, inclusive adultos.

“Alimentação saudável, dormir adequadamente e praticar atividades físicas regulares – no caso das crianças, brincar – são algumas recomendações para que o sistema imunológico se desenvolva mais forte”, diz.

Além disso, os pais podem ensinar e ajudar as crianças a lavar as mãos antes das refeições, usar álcool em gel com frequência e evitar colocar a mão no rosto. Nas escolas, manter os ambientes ventilados é fundamental. Ainda, não levar a criança que está doente para o ambiente escolar auxilia na diminuição da propagação das doenças entre os pequenos.

Tratamento – Quando a criança já está doente, é preciso iniciar o tratamento o quanto antes. Trotta comenta que, inicialmente, lavagem nasal e uso de antitérmico, se houver febre, são indicados.

“É sempre recomendável que se tenha acompanhamento médico, pois alguns casos podem ser mais complicados do que aparentam inicialmente ou podem evoluir para quadros mais complexos devido à falta de tratamento adequado”, alerta.

Assim, o acompanhamento com um médico otorrinolaringologista de confiança da família é fundamental para a recuperação total da criança e um retorno seguro à sala de aula.