A halitose ou mau hálito é um problema comum que pode atingir pessoas em diferentes momentos da vida. Segundo a Associação Brasileira de Halitose, no Brasil aproximadamente 30% da população sofre com este problema, cerca de 50 milhões de pessoas.
O fato é que ninguém gosta de ter mau hálito – algumas pessoas, inclusive, nem percebem que têm. No entanto, entender as principais causas pode ajudar o paciente a ficar longe desse odor desagradável.
De acordo com o otorrinolaringologista Diego Malucelli, da Otorrinos Curitiba, as causas para a halitose são variadas.
“É importante dizer que a halitose não é uma doença, mas pode apontar algum problema de saúde. O tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, também são causas importantes da halitose. No caso do tabagismo corresponde ao odor do fumo e ao ressecamento que a fumaça causa na mucosa oral. O álcool, além da desidratação, causa uma agressão local na mucosa oral”, explicou o otorrino.
Mau hálito tem a ver com estômago?
Apesar de ser muito difundido que o mau hálito tem origem no estômago, as alterações gástricas não são as principais causas da halitose. Elas correspondem a menos de 1% dos casos diagnosticados, ocorrendo nos casos de regurgitações ou eructações, mais conhecidos como arrotos.
Por que temos mau hálito quando acordamos?
A halitose matinal é aquele hálito não tão agradável que todos nós temos pela manhã. Mas por que temos mau hálito quando acordamos?
“Esse odor acontece porque, quando dormimos, a quantidade de saliva diminui, prejudicando a limpeza natural da boca, provocando um acúmulo de restos de alimentos e a descamação natural da mucosa oral”, esclareceu Diego.
Como prevenir o mau hálito
Manter a higiene bucal em dia é requisito básico do paciente que tem mau hálito, mas é importante fazer uma avaliação médica para verificar as verdadeiras causas e orientar o paciente da melhor maneira.
“É importante beber muita água e evitar alguns alimentos que sabemos que causam mau hálito, como alho, cebola, repolho, couve, brócolis e alcachofra. Também é importante evitar a automedicação, o fumo e as bebidas alcoólicas, além de realizar visitas regulares ao dentista. Importante procurar ajuda médica especializada quando suspeitar de outras causas”, finalizou Malucelli.