Além de encantar com a música, a adolescente paranaense já protagonizou peças teatrais e participou do grupo de Expressão Corporal desenvolvido pela instituição em que estuda
Interpretando River, da cantora britânica Bishop Briggs, a adolescente paranaense Giovanna Barbiero causou admiração nos jurados e no público nas audições às cegas do The Voice Brasil, da Rede Globo. Com 13 anos, a garota, moradora de Ponta Grossa, esbanjou carisma, segurança e presença de palco, o que contribuiu para que dois times de jurados virassem as cadeiras para sua apresentação. Escolhendo Carlinhos Brown como técnico, a menina passou a integrar a lista dos seis paranaenses que participam da edição do programa neste ano de 2022.
Amante da música desde os dois anos de idade, Giovanna já cativava a família com seu canto desde pequenina. Aos seis anos, a garota passou a ser atendida pela fonoaudióloga e professora de música, Angelita Rocha, por conta de um calo vocal. Depois do tratamento, passou a fazer as aulas de canto.
A artista participou de apresentações, como no Canta Sepam (promovido pela instituição em que a adolescente estuda desde os cinco anos, o Colégio Pontagrossense Sepam), em programas de TV e rádio e em grandes eventos da região, incluindo o show da banda Melim, em Curitiba, e da Banda Mais Bonita da Cidade, em Ponta Grossa. Com o tempo, a menina foi se aperfeiçoando, até que decidiu se inscrever para o programa da Rede Globo neste ano.
Mesmo tendo uma trajetória na área musical, Giovanna não se limita a apenas esse tipo de arte. Qualificada pelos docentes como talentosa para as atividades artísticas, a adolescente também pratica o teatro e já participou do grupo de Expressão Corporal, projetos desenvolvidos pelo Colégio Sepam. “A Giovanna tem um amor pela arte e é dedicada no que faz. Ela já foi protagonista da peça O Gato de Botas, que demandava o desafio de encarar o público. Ali eu já percebi o quanto ela era desenvolta”, destaca o professor de teatro de Giovanna, Renan Simionato.
Giovanna pratica o teatro no Colégio há três anos. Segundo a garota, o desenvolvimento dessa atividade lhe auxiliou a controlar o nervosismo no momento em que sobe ao palco, além de aperfeiçoar suas expressões faciais e corporais durante as apresentações. “No teatro, quando eu chegava nervosa para uma apresentação, eu saía tranquila, porque percebia que a encenação fazia com que eu jogasse para fora os sentimentos ruins. O teatro me ajudou a me soltar e a me preparar para diversas ocasiões em que eu enfrentei o palco na minha vida”, destaca Giovanna.
Segundo o professor Renan, outro benefício do teatro é o fato de permitir que o aluno se conheça e ganhe confiança. No caso da música, a atividade teatral possibilita ainda o desenvolvimento da presença de palco. “O teatro desenvolve a criatividade, a imaginação, a dicção e a capacidade de improvisação, além de promover o conhecimento sobre o próprio corpo. Esse tipo de arte é uma forma de libertação. Quando o estudante vence a barreira de subir ao palco e se apresentar, ele amadurece, constrói a perspectiva de que está sendo observado e isso o motiva a dar o melhor de si”, ressalta.
Estudante do 8º ano do Ensino Fundamental, Giovanna precisou se distanciar de algumas atividades realizadas no dia a dia para poder se dedicar às preparações para avançar no programa e cuidar da voz. Para o futuro, porém, a garota diz não ter pressa e afirma querer aproveitar todas as oportunidades que lhe forem oferecidas, seja na música ou no teatro. “Estou muito feliz por estar no The Voice Kids e meu desejo, depois, é aproveitar as portas que estão se abrindo para mim”, finaliza a cantora mirim.