Sócio-fundador do Hub do Investidor, Jayme Simão, explica que em médio e longo prazos as criptomoedas são ótimas opções de investimento
Investir em criptomoedas ainda é um bom negócio, mesmo com as quedas? Em médio e longo prazos, é possível. É o que explica o sócio-fundador do Hub do Investidor, Jayme Simão. “Esse período de lateralização vivido pelo bitcoin em maio fez com que as perdas realizadas no mercado fossem maiores que os lucros. Mas o que analisamos, nas últimas semanas, a tese de investimento no ativo em longo prazo demonstra ótimas oportunidades”, explica.
Para o especialista, o mais importante para o investidor é sempre estudar os ativos – ou contar com apoio de analistas que entendam desse mercado, e ter no seu radar aqueles que possuem fundamentos sólidos. “Quem estuda e acompanha o mercado de criptomoedas sabe que esses movimentos de queda como do bitcoin, por exemplo, não foi necessariamente uma surpresa. “Aliado a fatores macroeconômicos, indicadores on-chain e à formação de um padrão associado a uma tentativa frustrada de recuperação, o fato de o bitcoin ter demonstrado fraqueza em superar a faixa próxima aos US$ 32.000 ligou o alerta para os investidores. É possível que a queda do ativo tenha sido influenciada também pelos resultados negativos dos primeiros dias de junho no mercado americano, onde Nasdaq 100 e S&P 500 fecharam em queda de 0,7%. Ainda que o bitcoin tenha se dissociado dos índices do final de maio, e caído para seu menor nível dentro de um mês, a correlação continua alta”, avalia.
O bitcoin devolveu ganhos nos últimos dias e voltou a ser negociado abaixo de US$30.000. Ele que é a primeira criptomoeda do mundo e que teve uma alta de 303% em 2020, indo de US$ 7.300 para US$29.433, o tornando um dos investimentos mais valorizados do período. Tratando-se de uma moeda digital mundial descentralizada, ela não é controlada por nenhum governo ou banco, tendo seu valor regulado pelo próprio mercado. “Esse é o tipo de investimento que deve ser feito por pessoas que tenham um perfil mais ativo, comprando e vendendo, vendendo e comprando. E, desde que seja feito no momento certo, pode proporcionar rendimentos bastante expressivos, mas, claro, tendo o mercado como regulador é preciso sempre fazer análises mais macros e tentar saber o momento certo de se beneficiar, já que, diferente do mercado de ações, o de criptomoedas está ativo 24 horas por dia, sete dias por semana, então, exige bastante disposição do investidor nesse acompanhamento ou contar com uma assessoria especializada”, completa Simão. (Paula Batista)
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