Por Daniela Belter Ferreira Ceni (*)
Calma! Não estou confusa. Sim, é isso mesmo! A tecnologia está aqui desde “ontem”. Ou seja, há alguns anos que ela está presente nas sociedades.
Com o tema quero abordar rapidamente estes itens: entender o outro na relação por meio da tecnologia; a participação em novos pontos de contato; e as novas formas de comunicação.
Vamos ao primeiro item: entender o “eu versus o outro” com interferência da tecnologia. Para isso, é preciso perguntar:
- Onde a tecnologia passa a mediar (em alguns casos até a comandar) as relações humanas?
- Como ficam nossas ações com as outras pessoas? Isoladas? Descartáveis? Inúteis?
Nunca! É justamente isso que não pode acontecer, pois não seria humano. Será, sim, de outra maneira, com já dito, mediado pela tecnologia, mas, é claro, cuidando do que já se fala por aí: “a tecnologia aproxima quem está longe, mas distancia quem está perto”.
Um exemplo deste “nem tão longe e nem tão perto” é a situação comum no uso do telefone celular. Você sabe do que estou falando. Entender o outro é buscar o diálogo, o presencial, as relações francas, verdadeiras. Ser humano de verdade, com todas as suas características.
Participar de todos os pontos de contato, especialmente usando o contato. É buscar o encontro com as pessoas pelas diversidades tecnológicas que existem, sendo pontos diferentes de possibilidades de comunicação humana.
Aderir às novas formas de comunicação é percebê-las centradas no ser humano, que utiliza a tecnologia para a sobrevivência de sua espécie. Percebemos o uso da tecnologia em alta escala durante a pandemia da covid-19. Comunicações que aconteceram de forma significativa mediadas pela tecnologia, devido ao isolamento social. Como pode o ser humano crescer, desenvolver-se, amar, viver integralmente sem a comunicação?
Pois bem, conclui-se que a revolução tecnológica, presente entre nós, só tem caminho de ida, não há volta. Reforço: não é futuro, não será amanhã. Começou “ontem”. Está em uso fenomenalmente ascendente.
A tecnologia, a cyber tecnologia do “ontem”, está presente em todos os campos da vida humana: relacionamentos, trabalho, prazer, educação, lazer, medicina, segurança e até controle social. E mais, indústria, comércio, educação, agricultura, pecuária, preservação ambiental, ciência e pesquisa etc. têm uma dependência da tecnologia.
Está nas mãos do ser humano analisar a extensão da amplitude de interferência dessa tecnologia sobre si mesmo e a seu ambiente. Uma reflexão: frente a frente com a tecnologia do “ontem”, no futuro será necessária a pergunta: quem manda em quem?
(*) Daniela Belter Ferreira Ceni, especialista em Tecnologias Aplicadas à Educação, Gestão Comercial e Marketing Digital; professora da área de Inovação, Regulamentação, Formação e Qualidade do Centro Universitário Internacional Uninter.