Atividades em casa: da infância até a terceira idade 

 

 

* Tatiane Calve

O desenvolvimento humano é um processo contínuo de alterações que ocorrem no comportamento cognitivo, sociocultural e psicomotor, ao longo da vida, iniciado no nascimento e que termina somente na morte. Para que o indivíduo tenha uma formação global (desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo), é necessário que sejam oferecidos estímulos sensoriais, perceptivos e motores, os quais devem começar durante o período gestacional e serem realizados durante todo o ciclo vital. 

No início da vida, as atividades psicomotoras proporcionam a compreensão e interação do corpo com os objetos e o mundo no qual estamos inseridos. Já, durante o processo de envelhecimento, os idosos necessitam de estímulos psicomotores para minimizar e retardar os prejuízos decorrentes do avanço da idade causados pelas mudanças no organismo e as alterações fisiológicas, físicas e funcionais. 

Programas de atividades psicomotoras são comumente oferecidos em escolas, clínicas, hospitais e Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), buscando melhorar o processo de aprendizagem da leitura, da escrita, estimulação de crianças atípicas e reabilitação de transtornos motores. Entretanto, os estímulos psicomotores podem e devem ser oferecidos em casa, com materiais simples. 

 Dicas de atividades em casa:
– Ultrapassar obstáculos de diferentes alturas;
– andar sobre uma linha no chão;
– pular corda;
– saltar dentro e fora do bambolê;
– empilhar blocos de madeira;
– pegar bolinhas de papel com pegador de macarrão;
– alinhavar figuras geométricas de papelão com barbante;

– contornar e desenhar partes do corpo;
– passar por dentro do bambolê;
– arremessar e receber objetos;

Essas atividades desenvolvem a coordenação motora grossa e fina, equilíbrio, consciência corporal, organização espaço-temporal e lateralidade.  
E que tal desenvolver atividades psicomotoras nestas férias?
Pais, filhos, avós, todos podem participar juntos dos jogos e brincadeiras de caráter psicomotor, promovendo maior interação e fortalecimento dos laços entre os membros da família, além de contribuir para a melhora dos aspectos motores, cognitivos e socioafetivos, os quais beneficiam o processo de desenvolvimento e aprendizagem em todas as faixas etárias. 

*Tatiane Calve é Doutora em Ciências da Saúde e professora da área de Linguagens Cultural e Corporal, do curso de Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter. 

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